Berlin III

Berlin (Período Hitler) Parte III

     Bom, vamos lá... Alguns dados interessantes, que não é uma justificativa para o que aconteceu na Alemanha, mas se passa uma ideia de como um país todo se deixou convencer e não lutar contra o nazismo: Em 1914, 1 dólar americano comprava 4 marcos alemão. Em 1918, após final da primeira guerra, 1 dólar americano comprava 3 trilhões de de marcos! A população estava pobre e 30% dela havia morrido em um curto período devido a guerra. Para se ter uma ideia da situação, as notas eram feitas de tamanhos cada vez menores (até chegarem ao tamanho menor de um selo) e com impressão em um lado só, pois o preço do papel e da tinta era mais caro que o valor da nota! Para se comprar um pão era necessário levar um balde de dinheiro, na semana seguinte 2 baldes... 

    A política e população estava fragilizada. Então surge o partido nacionalista (Nazi), que mesmo não bem visto por ninguém, naquele momento era a única esperança para um povo fragilizado e com fome! Eles foram convencidos pelos nazistas, comandados por Hitler, que o que foi feito estava certo, que era o caminho, ou seja, antes eles do que eu! E existe uma série de experimentos da psicologia e comportamento humano que respondem por que eles fizeram isso! Como tanta gente fazia tanta coisa ruim sem nenhum problema? Isso se quiserem coloco em outros posts.

   

Estrela simbolo que era colocada em casa, comércio e no uniforme dos presos judeus

   Hitler foi muito bem sucedido no que ele se propôs a fazer. O sistema de manipulação, controle e funcionamento do nazismo era muito bom. Como disse, muita gente realmente acreditava que o que estavam fazendo não era errado! Isso foi ensinado a eles durante o período de fome e pobreza, na escola, nas ruas, em todo lugar! Para se ter uma ideia, existiam uns caminhões câmara de gás, que andavam nas ruas recolhendo judeus. Só que as pessoas responsáveis por esses caminhões não se sentiam culpadas. O motorista dizia: “Eu não mato ninguém, simplesmente dirijo o caminhão”. O soldado que colocava as pessoas dentro dizia: “Eu não mato ninguém, apenas coloco as pessoas dentro do caminhão”. E isso não era uma desculpa, eles realmente acreditavam (uma dica: assistam o filme “O leitor”  e verão do que eu falo). Era uma forma de não enlouquecerem!

   

                                                    Entrada do campo de concentração

     Tivemos a oportunidade de visitar um campo de concentração próximo a Berlin chamado “Sachsenhausen”. É um ambiente tenso, pesado. Ele não era o maior mas foi o campo modelo para a construção de todos outros. E mais uma vez, alguns dados sobre a organização do sistema:

1.    Na entrada tem uma placa “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta), dando a falsa impressão de que você tem uma chance de sair;

2.    Na parte superior da entrada principal existia uma metralhadora constantemente apontada para os prisioneiros, mas que nunca foi carregada;

3.    Quando os prisioneiros chegavam, os maiores, mais fortes eram logo humilhados, agredidos pelos guardas;

4.    Existia uma ala para os prisioneiros “especiais”, como um político influente e o filho de Stalin. Eles eram agredidos, maltratados e executados na frente de todos. Se alguém importante assim sofre, imagine quem não é?!

Alojamento no qual os prisioneiros eram mantidos

Quartos dos prisioneiros

                                                            Local de queima dos corpos

 A visita ao campo de concentração, não é algo agradável e feliz, mas eu prefiro saber a verdade ainda que triste do que uma mentira feliz!

     A construção de um monumento em homenagens aos judeus mortos e um museu bem no centro de Berlin são pequenas tentativas de homenagear os judeus.

Monumento em homenagem aos judeus 

                            Monumento dentro do campo de concentração em homenagem aos judeus